Rio: policiais apreciados por juíza têm pedidos de prisão ordenada pelo MP

Os 28 policiais que estavam em processos apreciados pela juíza Patrícia Acioli, executada a tiros no último dia 04 de agosto, no município de Niterói, Região Metropolitana do Rio, tiveram o pedido de prisão decretada pelo ministério publico. De acordo com a MP, a maioria dos suspeitos responde por autos-de-resistência (morte por confronto com a polícia). Todos os envolvidos foram ou estão alocados no 7º Batalhão de São Gonçalo.
De acordo com o MP, um pedido vai ser feito à justiça, para o afastamento cautelar de 34 policiais, mais os 28 PMs. Até que os processos sejam finalizados, o MP conclui que as suspeitas contra os policiais envolvidos venham a tornar o exercício da profissão incompatível.
Até que sejam apreciados, todos os suspeitos terão que apresentar as armas e identidades funcionais e vão ter que apresentar-se nos quartéis regularmente.
De acordo com o procurador geral da Justiça, Cláudio Soares Lopes, os pedidos de prisões pode aumentar, já que o MP só apurou cerca de 60% dos processos que estavam de responsabilidade de Patrícia.
"Se alguém pensou que o assassinato da juíza iria intimidar a justiça como um todo, uma resposta efetiva teria que ser dada no contrário. Todos os processos são de autos-de-resistência, envolvendo milícias de regiões distintas. São réus de vários processos. Em algumas situações estão juntos, mas não há indícios de que seja parte de uma mesma grande organização criminosa", afirmou o procurador.
Até agora, não existem provas que conecta esses policiais ao assassinato da juíza. Ainda segundo Lopes, tais averiguações não fazem parte da Divisão de Homicídios do Rio.
Font:http://www.sidneyrezende.com/noticia